terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Brindemos a 2010
Compartilho palavras de Drummond:
"Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre".
sábado, 26 de dezembro de 2009
Sobras natalinas
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Felicíssimo Natal!!!!!!!!!!!!!!!!!
O Natal está no ar, nos gestos, nas emoções... Sinto todos mais sensíveis, mais generosos, mais amistosos. Ótima vibrações!
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
As coisas boas da vida
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Então? Ainda sobre o Natal e o tempo...
-Sim, amiga, há dez dias...
Definitivamente, minha noção de tempo está mesmo alterada. Mas não é algo que me incomode, pois me sinto bem, serena, sentindo que levo minha vida de forma mais leve. Porém, quando a gente muda, isso causa estranhamento nos outros. A questão é que estou gastando mais tempo em menos coisas, correndo menos. Algumas pessoas se queixam que não tenho enviado tantos e-mails, que não compartilho mais meus poemas. Escrever, até os escrevo, mas geralmente o faço com lápis e papel e depois não me organizo para vir ao computador transcrevê-los. E, por hora, estou gostando mais de ver DVDs (estou com um monte aqui de seriados de TV) e colocando minha "literatura" em dia, o que me faz ficar menos na internet.
Mas estar menos na internet e confundir o dia da cirurgia de um amigo não significa que me importo menos com os que estimo. Daí fiquei pensando nas formas que temos para demonstrar carinho. Como estamos em clima natalino, proponho uma forma diferente de presentearmos uns outros. Por que não cobramos menos e doamos mais - mais tempo para nossos familiares, mais palavras para os amigos, mais convites para um café na tarde, mais sorrisos para nossos colegas de trabalho? Por que não ressaltarmos mais os atributos dos que no cercam do que suas falhas ? Por que não voltarmos a atenção para os prazeres simples?
Então proponho uma enquete aqui:
Enquete do bem: Que presente você poderia dar a um amigo e que não precisa ser comprado numa loja?
Quem quiser, deixe aqui sua idéia (seja sobre presentes materiais ou não materias) em forma de comentário.
PS: Essa guirlanda da foto aqui postada mostra um jeito de reciclar e dar um presente que não precisa ser comprado numa loja...
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
É Natal?
Meu tempo interno, psicológico não acompanhou o tempo cronológico: ainda não estou em clima natalino (mesmo faltando apenas 14 dias para o Natal!). Internamente, me sinto no primeiro semestre do ano, como seu eu não tivesse feito aniversário e faltasse muito ainda para eu fazer e o ano terminar. Mas o tempo foi mais rápido que minha cronologia íntima, então me assusto com as decorações de Natal e com todo o movimento do comércio e das ruas. Pelo menos já comprei os presentes que eu deveria comprar, ufa!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Comprando um livro pela capa!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Julia & Julie & me
Tinha um horário agendado no dentista às 18 horas de hoje. Como deixo o trabalho às 13 horas, programei um cinema para a tarde e passeios por lojas para ocupar meu tempo, até meu horário marcado com a dentista. Como já tinha comprado o livro Julie & Julia, e comecei a lê-lo há cerca de um semana (sim, eu leio várias livros ao mesmo tempo! Gosto de diversificar os gêneros de leitura, então estou sempre lendo algo referente ao meu trabalho, junto à algo mais clássico, algo mais leve, algo mais espiritualizado...e por aí vai), o que coincidiu com a extréia do filme com o mesmo nome em minha cidade, esta foi minha escolha cinematográfica de hoje.
O livro e o filme são baseados em duas histórias reais: a da blogueira Julie Powell, que em 2002 resolve relatar em um blog sua jornada doméstica ao fazer, em um ano, mais de 500 receitas de um livro de Julia Child, americana que morou em Paris no fim do anos de 1940, onde fez um curso de gastronomia francesa e, anos depois, se tornou um ícone na TV americana com seu programa de culinária.
Geralmente gosto de terminar a leitura do livro antes de ver o filme, mas dessa vez não resisti, pois um filme que trata de culinária, Paris e uma blogueira que busca se superar era uma combinação interessante demais para eu adiar. E foi delicioso (em mais de um sentido) conferir o filme na telona. Lógico que logo percebemos as alterações que ocorrem no roteiro em relação ao livro de Julie Powell, mas creio que a essência do livro foi mantida. E, no filme, há um grande foco na vida de Julia Child (representada magnificamente por Meryl Streep, que dispensa apresentações), seus anos em Paris e sua jornada para escrever e publicar seu livro de culinária. A Paris do filme é mais linda e nostálgica. Amei o apartamento parisiense de Julia Child e sua cozinha azul, quando retorna aos EUA. E amei o pequeno apartamento de Julie Powell e o estilo romântico da personagem (não creio que a verdadeira Julie Powell seja como a do filme; a do livro, por ela própria, me soou mais pragmática).
E ainda bem que não fui ver o filme com fome (no almoço eu comi feijoada)!!! As imagens gastronômicas são fabulosas e quase senti o gosto da manteiga, o cheiro do frango, a maciez do assado, a suculência da lagosta, a leveza do chocolate que cobria o bolo... Saí do filme querendo já ter meu apartamento e sua pequena cozinha prontos...Saí querendo voltar à feira da Mouffe, em Paris, e comprar os ingredientes para um jantar para amigos. Lembrei-me que algo que fiquei com muita vontade de fazer em Paris foi cozinhar. Quando fui ao Carrefour da Rue Monge, próximo ao meu hotel, enlouqueci com a diversidade dos ingredientes, com a beleza das embalagens, com os sabores disponíveis... Quando eu voltar a Paris quero ficar num studio com cozinha, para poder brincar de Julia Child...E assim como quero, no futuro, estudar história da arte em Florença, gostaria de estudar algo da culinária francesa em Paris.
Como não tenho a feira Mouffe parisiense aqui pertinho, fui a um local que não deixa a desejar e é tipicamente mineiro: o Mercado Central de Belo Horizonte (fotos aqui postadas). E daí pude ver no real o que o filme me inspirou: aromas, cores, utensílios domésticos diversificados...Inebriante!!!
Por fim, passeando pelo Shoping Diamond Mall, encontrei num quiosque um chá de lavanda, o que certamente me transportará de volta a Paris assim que eu experimentá-lo, e um capuccino à la italiana. As embalagens por si só já valeram a compra. Também fui ao supermercado e comprei um chá inglês (o clima chuvoso de hoje torno-me sedenta por chás, como percebem...). Estava orgulhosa de mim, pois tinha passado pela nova Livraria Leitura do Shoping Cidade (enorme, fabulosa, tentadora) sem comprar um livro sequer (ando viciada em compras de livros e preciso me conter), mas quando entrei na Saraiva do Diamond, dei de cara com o livro de Julia Child sobre seus anos em Paris...e com desconto! Resultado, mais um livro a ser lido em breve veio na minha sacola de compras.
Eu aqui, blogueando, falando de duas mulheres tão diferentes mas que se encontram em algum momento de suas histórias para fazerem uma nova. Duas mulheres, que vale a pena destacar, tiveram um apoio incrível de seus maridos singulares. Duas mulheres que fizeram da culinária um nova perspectiva de vida para si próprias e para os outros.
Boas e novas pespectivas são sempre bem vindas, seja na Paris que impactou Julia Child, na Nova York que abriga Julia Powell , ou aqui na minha Minas Gerais.
Deixo beijos amanteigados a todos que me lerem aqui...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Paris - Museu d'Orsay
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Arquitetura da Felicidade
Geralmente gosto de esperar que eu tenha lido todo um livro ou grande parte dele para comentá-lo... Porém, ontem comecei a ler um, dentre muitos outros que estou lendo, e foi amor à primeira linha! Então já me permito comentá-lo aqui. Estou me referindo ao livro "Arquitetura da Felicidade", de Alain de Botton. Quando comprei o livro, após ler algumas referências sobre ele em revistas de decoração, achei que o autor era arquiteto, e só agora, ao começar a ler o livro, soube que Botton é um dos grandes responsáveis pela divulgação da filosofia a partir dos anos 90. E gostei tanto do estilo dele já nos primeiros capítulos que li (onde já houve referências a Veneza, cidade que me impressionou justamente pela arquitetura diferenciada e singular; e ontem a mídia informou que o nível do mar subiu mais de um metro em Veneza. Resultado: à noite sonhei com a arquitetura e águas de Veneza) que já comprei um outro livro dele, que se chama A Arte de Viajar (falarei deste aqui assim que recebê-lo - comprei pela internet - e lê-lo).
Bem, deixe-me voltar à leitura... Antes, compartilho um trecho de "Arquitetura da Felicidade"com vocês:
"Ao construir uma casa ou decorar um cômodo, as pessoas querem mostrar quem são, lembrar de si próprias e ter sempre em mente como poderiam idealmente ser. O lar, portanto, não é um refúgio apenas físico, mas também psicológico, o guardião da identidade de seus habitantes."