O Natal prometia. A caminho da padaria, para buscar os pães para as rabanadas, o taxi que passou por mim perto da praça tinha como motorista o próprio Papai Noel. No açougue, onde eu pegava o lombo recheado, encomendado com antecedência para a ceia, o clima era de euforia. Quase chegando em casa, voltando dessas compras, descobri uma nova casa de massas que abriram ali pertinho e fiquei conversando com o dono sobre delícias da culinária, das viagens e da vida. Enfim, uma manhã já cheia de expectativas e novidades.
A tarde, mãos a obra: rabanadas feitas, flores nos vasos, toalha natalina arejada, taça polidas, baixelas lavadas, ingredientes separados, trilha sonora selecionada, presentes sob a árvore, frisantes gelando, uma das velas já acesa... Seria o primeiro Natal em família em meu novo apartamento. Mas, então, um telefonema muda tudo: minha mãe fora internada devido a uma embolia pulmonar. Não era mais clima de festa: ceia em família e almoço natalino cancelados.
As prioridades mudaram, então. O que importava era a saúde de minha mãe e só ontem pudemos suspirar, relaxados, quando ela recebeu alta.
Então agora é hora de planejar novas festas, celebrar a vida e estar junto de meus afetos.
A chama da vela pode até bruxulear, mas não a deixei apagar, no fim das contas.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
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