Nossa, a vida resolveu de dar mais trabalho nessa época de festas, e reconheço que não estou dando muito conta do recado.Ainda assim, preciso reconhecer que apesar das dores, é um bálsamo saber que família e amigos verdadeiros não medem esforços para me apoiarem e me verem bem. Espero estar bem e em paz logo, logo. Preciso esquecer o que não me faz bem, continuar cuidando bem de mim e dos que me estimam, esquecer esperanças vãs e concentrar em tudo de bom que já tenho na vida, ainda que as coisas não estejam como eu vinha sonhando e acreditando. Pelo menos com poesia deixo a dor mais bonita, por isso escrevi:
Giros
E os ratos saem do porão
e roem os papéis dos presentes
já abertos
e as cartas de esperança do Natal passado
remetidas ao Natal futuro.
Esse girar de fortunas
e arroubos
nem sempre são oportunos
e não há varinha mágica
que detenha
dores de parto
e de adeuses.
Minha viagem agora,
necessária,
é ao útero
e ao afago de tempos
onde só se vislumbrava a luz
e o recomeço.
E assim são todas as coisas
e viver não se torna mais fácil ou mais difícil
apenas mais uma reprise
de sorrisos e de dores
e de mortes e de amores.
Mas que seja uma vida
de mais humanos
e menos ratos
ainda que maculada
pela soma dos dias
ordinários
De tempos em tempos,
ainda há de se colher
ternuras e singelos afetos
feitos ou refeitos.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
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