segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ladurée












Um dos motivos de ir a Paris, foi, sem dúvida, poder ir a Ladurée... Depois que vi Maria Antonieta (o que Sofia Copolla dirige), depois de ver em tantos blogs e sites um pouco dessa francesa, eu só pude desejar estar lá, e lá estive. E trouxe macarrons deliciosos na bagagem e lembranças (que pude registrar um pouco nas fotos que aqui postei) da loja que pude conhecer, na Champs Elysées. Confira os endereços e o outros detalhes no site da Ladurée: http://www.laduree.fr/public_en/maisons/maisons_accueil.htm
Como percebem, as lembranças de hoje são infinitamente doces...

































domingo, 29 de novembro de 2009

Metropolitain











Tenho um amigo do Estado do Rio que sempre implicou comigo, dizendo que em Belo Horizonte nosso metrô não é metrô, é trem... Sempre o refutei, inflamada, afirmando que o fato de nosso Metrô ser inteiramente de superfície não o desmerecia... Mas nessa sexta, indo para uma reunião de trabalho no extremo oposto de onde moro, e depois de esperar muitos minutos pelo metrô e gastar mais minutos ainda para chegar, pensei: realmente, aqui não temos metrô, ô trem ruim, sô!
Isso porque conheci Paris, e seu Metropolitain: Metro, para os íntimos. Logo no primeiro dia, comprei meus 10 bilhetes para o Metro ( comprando 10 se paga menos) e foi esse o meio de transporte que usei por lá. E amei a experiência! Há metrôs e estações para todos os gostos e estilos: dos mais modernos aos mais retrôs, do mais conservados aos mais com marcas do seu tempo... Como, muitas vezes, pegamos dois, três metrôs para se chegar a um destino, devido as "correspondances" (mas mesmo mudando de linha, desde que você não cruze a "sortie", você sempre pode fazer isso com um único ticket de metrô, que tem que manter junto de você caso haja fiscalização, hem?) dá para perceber as diferenças entre as linhas e estações: há vagões onde se precisa apertar ou girar uma alavanca para a porta se abrir, outros são automáticos; há estações gigantescas, onde parece que nunca chegaremos ao local da linha que buscamos, mas após escadas, esteiras rolantes e mais escadas, ufa, eis a linha que preciso!; na linha 14 há proteções de vidro entre a plataforma e os trilhos, que se abrem automaticamente quando o metro pára; há estações com elevadores gigantes para nos levar de volta à superfície, mas, no geral, é uma academia grátis para fortalecer as pernas.
Encantou-me as músicas, tocadas ou cantadas, nas estações ou dentro do vagão. Na minha primeia viagem, fui agraciada logo por um samba. No penúltimo dia, entrou uma Piaf contemporânea, que só com a voz parecia carregar toda uma orquestra na música...E, no último dia, para fechar classicamente, houve o violinista tocando o tema de "O Último Tango em Paris" (foto acima).
Encantou-me observar as pessoas, as mais simples, as mais sofisticadas, os homens, as mulheres, os velhos, as crianças... As pessoas estão sempre lendo no metrô, o que também acho encantador, sendo eu a leitora que sou.E nunca esperei mais de um minuto para embarcar, em qualquer estação, em qualquer "correspondance"... E a velocidade do Metrô era perfeita, muitos kilômetros por hora além do nosso trem mineiro...rs
Um francês me disse que era fundamental ter carro para viver em Paris...Talvez para ele, que more na periferia e valorize demais status e aparência...Mas eu achei o Metro tão eficiente, que um carro não me faria falta lá não (na minha volta, para ir ao aeroporto de carro, peguei até congestionamento!)...E aqui estou eu, em Minas, sonhando com um Metropolitain para chamar de meu...
PS: Em Milão também usei metrô e esse também foi muito eficiente, para não ser injusta com minha queria Itália...Mas como em Paris eu usei mais, muito mais, pude observar mais e ter mais o que contar.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Amor à Italiana


Quando ela estava chegando a Roma, no ônibus começou a tocar a música que abre o filme Dio, Como ti amo. Imediatemente ela se lembrou da amiga que viu um filme e lhe escreveu sobre o amor acontecer na Itália... Será que aconteceria com ela?
Ela estava em seu segundo dia em Roma, à tardinha, na Piazza Navona (onde ficam os cafés mais caros de Roma), ouvindo os músicos locais, observando o sol, refletido no topo dos telhados naquele fim de tarde, e pensando na alegria de estar ali, vivendo seu sonho. O sol iria se por em alguns minutos e ela, então, resolveu ir para as margens do Tibre observar o dia se indo. Daí, no fim da praça, como é costume de todos falarem quando ja é a tardinha e à noite, seja nos comércios ou mesmo nas ruas, um homem lindo e jovem diz a ela "buona sera", o que ela responde apenas com um "olá" ("olá"?-ela pensou: "Agora soei como uma espanhola! Onde está o meu 'buona sera!' dito tantas vezes outrona numa pronúncia tão elogiada?").
Ela continuou andando, tranquila, e dois quarteirões depois o bonito do "buona sera" surge ao seu lado, surpreendendo-a. Ele pergunta a ela, em italiano, se ela era espanhola (claro que rlr pensaria isso após o "olá" dela) e começaram a conversar. Ela explica que é brasileira. Ele fala que é solteiro, pergunta se ela também o é, e o que ela não sabia falar em italiano ela dizia no inglês, já que ele não conhecia o português. Disse a ela que em 20 minutos terminaria o trabalho (como garçon num dos cafés da piazza Navona) e pede a ela que o espere para que possam conversar mais. Ela aceitou, depois dele ser tão gentil ao pedir!
Ela voltou com ele até a piazza e escreveu em seu diario de viagem, sentada num dos bancos da piazza, enquanto o esperava. E, pontualmente, ele foi até ela, parecendo um James Dean moderno em sua jaqueta de couro, seu andar descontraído, as mãos nos bolsos da jaqueta, os cabelos negros tão bem penteados, os olhos castanhos-esverdeados, sob espessas e marcantes sobrancelhas, procurando por ela. Foram andando por Roma.
Ele a acompanhou ate o local onde ela encontraria seu grupo de excursão: em frente ao Castelo de Sant' Angelo, de onde ela e o grupo seguiriam para o Trastevere (onde a noite de Roma acontece e onde, ele disse depois a ela, ele morava). Conversaram sobre suas vidas, famílias, ele a elogiando, insistindo para que voltasse a sair com ele após o passeio com o grupo... Pediu o telefone dela. Pegou a mão dela quando pararam às margens do Tibre, com o sol se pondo em Roma. E a beijou, justamente em frente ao Castelo onde há uma cena no filme Candelabro Italiano, onde a personagem é beijada e fala sobre os sinos tocarem quando se beija o homem certo... E também, em frente a esse Castelo, os personagens de Audrey Hepburn e Gregory Pecky, em a Princesa e o Plebeu, têm uma cena especial. Após o beijo, ela não pôde recusar o convite para se verem mais tarde.
Ele foi novamente pontual, marcaram na estaçao Termini, perto do hotel dela.Foram a um café, ele tomando seu prosecco e ela seu vinho branco; ele já insistindo para vê-la no dia seguinte, que seria domingo, quando ela voltasse de Nápoles. O jeito que ele a olhava, sempre nos olhos, lá no fundo, e sempre a elogiando, fez seu coração derreter, e seu corpo se aquecer... e se beijaram. E se amaram no noite romana. E ele disse a ela:"ti amo".
No dia seguinte, ele ligou para ela. Confirmaram o encontro mais tarde. E voltaram a se ver na noite romana, e voltaram a se amar na noite romana, ele pedindo para ela ficar, para voltar depois à Itália, repetindo e repetindo que ele iria ao Brasil para vê-la... Ele a chamou de "piu bella", "carina", repetiu a ela que a amava. Ela ensinou a ele o significado de saudade... Ele insinou a ela lições de anatomia em italiano...Ele não queria deixá-la, ela não queria, mas precisava ir... E ela se foi...
Fim?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Efeitos da viagem






















Uma amiga de faculdade me relatou que há mais de 10 anos também fez uma viagem pelo velho mundo e afirma que até hoje carrega as marcas dessa experiência. Estou certa que comigo será assim também!!! Aquela bagagem que não pesa na alfândega, como um outro amigo me disse, a bagagem da cultura, das histórias, da arte, das amizades, dos amores, das belezas, dos conhecimentos, deixa a gente impreguinada de ótimas sensações. Nem o que poderia significar uma decepção nessa semana me abalou, só consigo ver o lado bom e belo das coisas e das pessoas, só consigo me sentir realizada e plena. Para isso, minhas perdições foram os museos, as ruas, as paisagenes e, sobretudo, as pessoas!












Mas claro que também, como mulher e humana, trouxe vários ítens bem materiais na bagagem: fui com uma mala, voltei com duas. Comprei mais para minha casa do que para mim, mas comprei para mim. Também comprei para os outros, adoro presentear, surpreender (e poucos conseguem me surpreender realmente...rs). Minhas perdições maiores foram as feiras, os muranos, as comidas (e gelatti!!!), a Ladurée e as livrarias...Ah, as livrarias...









Compartilho umas fotos aqui dessas perdições...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Paris, a minha


Minha primeira tarde em Paris foi nublada. Deixei as malas no hotel, já no meio da tarde, e fui ao Montmartre para sentir a verdadeira Paris: andar, metrôs, conhecer um parisiense angelical, chegar, já estar na noite, descobrir as escadarias da Sacré Couer, subir, arfar, perder o fôlego com a vista, comprar souvenirs, tirar as fotos, entrar durante a missa em francês (estou na França!), chorar, rir ao sair, falar com outro novo parisiense que se torna um meu guia temporário, ir a Place du Tertre, passar na porta do Museo de Dali, ver o Moulin de la Galette, Monoprix, finalizar no Moulin Rouge...Não! Não finalizei, tudo apenas começava. Paris me reservou dias incríveis e até céus azuis. Sua noite, suas luzes, seus prazeres (foi como ter um garoto de programa de graça...rs). Trocadero. Iluminada. Os museos Rodin, Louvre e d'Orsay me acolheram e me inebriaram. Les Invalides. Tuileries e roda gigante sendo montada. Ópera. Tentação nas Galerias. As ruas do Quartier Latin, numa manhã de chuva, soaram-me mais medievais e misteriosas. Beijos. Thermes de Cluny. Flores nos jardins de Luxemburgo. Sobourne. Pantheon. As catacumbas estavam fechadas (devido a vândalos), então voilá: cemitério de Montparnase para dar um oi-adeus a Sartre e Beauvoir.Metrô, sempre. Sigo a linha rósea.Livrarias. Antiquários. Brechós de luxo. As ilhas, la Cité e St Louis, me conectaram com meus arquétipos mais singelos. Notre Dame suntuosa. Sorvete. Vinho rose. O Sena hipnotiza. O outono colore meus olhos. Bateau. Quiche Lorraine e Creme Brulé. Alimento o corpo e minh'alma. Perfumes, cremes, L'occitane. Gravuras vintage. Os caminhos se abrem e não pego fila em lugar algum, subo na Torre e avisto Paris em toda a sua extensão. Voei. Caminho pelo Champ du Mars. Tentam me dar o golpe do anel (mas quem lê muito antes de viajar pode até consegue prever cenas assim) e, obviamente, não caio nele. Feira. Feira de novo. E de novo. Crepe. Chocolate quente. Baguete. Croissant. Você. Eu. Ele.Intercorrências para os outros me protegem. Perguntam-me se sou italiana, se sou francesa: sou de lá por hora. O italiano me aborda na rua parisiense. Todo o meu mundo é ali agora. Banheira, sais, relaxo. Em Vincennes, me imagino com capa e espada. O homem que me vende a Eclair elogia meu país e nosso futebol. O homem na rua elogia a mim. No caminho para a Bastilha, no metrô, o violinista toca a música tema de "O Último Tanto em Paris", como um prenúncio do que terminaria ali: descubro que não era sapo, nem príncipe, só não era de verdade. Sobretudo vermelho. Le Marais, Vosges, Halles. Madeleine. Champs Elyse. Carro do presidente. Laduree. Macarrons!! A minha outra vida começando. Sinto, agora, que o tango é o primeiro em Paris e não o único (e a música tema daquele filme tocaria de novo no meu desembarque no Brasil). A mãe passeia com o bebê no seu carrinho e pára para me ajudar com as fotos. Um au revoir definitivo para o personagem. Um at bientot sincero para a cidade verdadeira. Gentilezas, sempre. Bonjour Madame, cotidiano. O meu merci ,eterno.

domingo, 22 de novembro de 2009

Ainda sobre anjos, mas também sobre demônios - literatura e vida real.


Cheguei de viagem e o último livro de Dan Brown, O Símbolo Perdido, havia chegado à minha casa (adoro comprar livros na Livraria Travessa, do Rio de Janeiro, pela net...Um vício!). Lembrei-me que,na viagem, no Vaticano, Roma e Paris, remeti-me o tempo aos livros desse autor, sobretudo "O Código da Vinci" e "Anjos e Demônios". Impossível estar em Paris e Itália sem lembrar de toda a literatura que tive contato que tinha como cenários estes lugares: " O Nome da Rosa", "Conspiração Franciscana", "Os Miseráveis". "Sob o Sol da Toscana", "Abril em Paris", "Paris é uma Festa", "O Corcunda de Notre Dame", "A Cerimônia de Adeus", "Comer, Rezar e Amar", "A Misteriosa Chama da Rainha Loana", "Morte em Veneza","Traçando Paris", "Viagem Sentimental"...Todos estes eu li antes de viajar, para já viajar neles. E agora vou ler o Símbolo Perdido, que tem a mesma fórmula de suspense usada pelo Brown nos livros anteriores, repetida (um simbologista, uma mulher inteligente e bonita, alguém assassinado ou desaparecido, seitas secretas...), mas que nos mantém ainda assim preso a cada página.


Agora, o difícil é conformar quando descobrimos os vilões, como os da literatura, na vida real...

sábado, 21 de novembro de 2009

Casos e acasos


Só tenho boas e muitas histórias a contar sobre as pessoas que conheci na Itália e Paris. O grupo com quem viajei na Itália era nota 1000, e o guia e motorista lindo também! Em Milão, o rapaz que me ajudou a usar devidamente a máquina que vende os tickets para o metrô contou-me que morava com um brasileiro assim que percebeu que eu era uma, e me acompanhou, e também ao casal de BH que conheci lá, até a estação que desceríamos (nossa primeira viagem de metro na Itália, em Milão). No dia seguinte, a moça com que confirmo a rua do Teatro Scalla, quando digo que sou brasileira, começa a falar em português, já que tinha morado um tempo em Curitiba. Em Veneza, o Senhor que me vendeu a luneta genovesa (feita ainda hoje como se fazia no época de Galileu, como pude comprovar depois no museo da História da Ciência em Florença) me deu uma aula sobre instrumentos de navegação (ele era um dos velhinhos italiano que eu queria trazer na bagagem). Os outros velhinho lindos foram o que me vendeu as rendas nas ruas veneziana e o que deu uma aula de confecção de Murano...


Em Florença, encontrei muitos brasileiros nas barracas dos Mercatos. Um deles, ao descobrir que eu era psicóloga, me deu um grande desconto no chapéu que comprei em troca de alguns minutos de terapia...rs E o chapéu na cor "viola" comprado, e que imediatamente passei a usar, fez tanto sucesso que na barraca seguinte o italiano galante me vendeu o vestido pela metade do preço... No fim da tarde, ao comprar material em legítimo papel florentino, Dimitri, o artesão, contou-me os caminhos que o levaram até aquele trabalho, sobre a filhinha que vive na Alemanha e frisou que melhor que "Lutiane' (amei ouvir meu nome em italiano...) meu nome deveria ser "Gratia", porque eu era piu graciosa...Ser graciosa me garantiu ótimos descontos nos artigos de papelaria também (ai, ai...além de tudo, fiz economias...rs). E, à noite, ao confirmar a localização da Vivoli (tido com o local do melhor sorvete italiano e foi mesmo um gelatto perfeito o que provei lá!) 0 italiano charmoso e mais velho queria me dar a informação acompanhada de um jantar...


Em Roma, houve o Amadeo, o intenso Amadeo que me contou sobre o seu Trastevere... ele já gosta de prosecco... E Antonio, o guia local, era um poeta incrível e amei mais a Roma que eu vi pelas descrições dele.


Em Nápoles, Pompeia e Capri a guia era uma das mulheres mais lindas (como as italianas se vestem bem, se maqueiam bem e andam super bem vestidas, até sobre bicicletas!), inteligentes e bem humoradas que conheci. A explicação dela sobre o sistema de sinalização fálica em Pompéia foi hilária. Tive vontade de fazer o curso que ela fez, sobre arte, história e geografia, conforme ela me explicou depois quando a questionei, para também ser uma guia local.


Em Paris, houve um anjo no metrô também: um jovem lindinho, de barba bem aparada, educadíssimo, que só ao me ver parada em frente à maquina-esfinge (se eu não a decifrasse, talvez ela me devorasse...rs Ela não era como as da Itália!) para comprar meu carnet com os 10 bilhetes de metrô, se ofereceu para me ajudar, teve paciência quando a máquina não queria aceitar meu dinheiro (juro que a nota era verdadeira!), me esperou pagar com o Visa, e ficou comigo na maioria das correnpondences que eu fiz! Depois só pude tirar o metrô de letra! Para ele eu fiz questão de frisar, em inglês, que ele fora "my angel", pois eu nem tinha pedido ajuda, ele é que se ofereceu e ele fez tanto por mim! Depois houve o Omar, charmoso, altivo e grisalho, que me acompanhou por ruas em Montmatre e queria finalizar o passeio com um vinho... E Umberto, o romano estudante de arquitetura, que me aborda na saída do Louvre, me conta um pouco sobre a vida dele e segue quando recuso seu convite para jantar... Além disso, na maioria dos comércios, hotéis, nas ruas, tive sempre os melhores dos sorrisos, os maiores dos elogios ao Brasil e a minha pessoa.


Afirmo: mulheres, se estão com problemas de auto estima, deêm um pulinho na Itália ou Paris para se sentirem piu maravilhosas! Mulheres, se querem arrumar companhia, não precisam de qualquer esforço, basta flainar por ruas italianas e parisienses que homens lindos e gentis vêm até você...


Ah, e aos que pensam que, sendo eu uma mulher solteira, livre e desimpedida, fiquei louca ao recusar tantos convites para jantares, proseccos e vinhos, calma: eu soube aproveitar!

Fui tratada imensamente bem e, em muitos casos, de forma extremamente especial, por todos na Itália e Paris... Quem disse que eles são mais educados???? Talvez ajude abordar a todos sempre com um sorriso (apesar de que muitos eu nem abordei, eles é que me abordaram com a melhor de suas intenções e grande sorriso): gentileza sempre gera gentileza!
E falando sobre anjos, deixo aqui a foto que bati no castelo romano que homenageia a eles!


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Os lugares e as pessoas


De volta!

E com muito a escrever por aqui, mas irei fazendo isso aos poucos. Tantos lugares por onde andei (Milão, Verona, Serminione, Veneza, Pádua, Pisa, Lucca, Florença, San Giminiano, Siena, Assis, Roma, Pompéia, Nápoles, Capri e Paris!). Não tive tanto tempo de escrever no blog por lá, mas não se preocupem: mantive atualizado meu diário de viagem e tenho muito o que compartilhar.


Uma coisa que me chateou é que, por problemas técnicos, perdi quase todas fotos que tirei na Itália. Quando me deparei com essa informação, em Roma, fiquei desolada e, como estava perto da Piazza Navona, onde já tinha ido mais cedo e adorado, voltei a ela, sentei e chorei... Mas então ouvi o sino de uma igreja, vi nos telhados o reflexo do sol que se punha e fiquei feliz: do que me importavam as imagens, se eu tinha tudo dentro de mim, em memória e emoção, já que eu as VIVI?! Isso que é o importante! Saí para caminhar novamente, conformada e pronta para mais fotos e experiências... E ali mesmo uma nova começou, digna de um filme, mas isso eu conto depois...


Excluindo a perda de parte das minhas fotos da Itália e um desencontro que houve depois, só tenho coisas maravilhosas a relatar e a lembrar. Tudo que eu sonhei eu vivi, com direito a mais. Parecia que o céu se abriu para mim e disse: vai, Luciane, seja feliz! E fui! Senti-me querida, bem tratada, fiz novos amigos, chorei de emoção, vibrei, caminhei e caminhei, sonhei acordada, dormi sonhando com as imagens "piu bella" que vi e vivi, meus olhos tiveram overdose de beleza, meu corpo de prazer, minha alma de vida, pulei, comi, rezei, amei... Senti-me em casa, mesmo em lugares em que até então "não" me eram conhecidos.


Daí tenho que voltar a minha vida real, às responsabilidades, às questões nem sempre são tão prazeirosas. Mas com isso, vem também o abraço carinhoso de meu filho, a acolhida dos meus familiares, as pessoas que proclamam sua saudade a mim, a feijoada da mamãe... Estou em casa, nesse lugar que me é tão conhecido.


Que bom poder transitar pelos lugares, isso é viajar. Senti-me viajante muito mais que turista.

Ter estudado, lido tanto, visto filmes, conversado... só me ajudou a aproveitar tudo que havia por lá. Caminhei sozinha, sem qualquer receio e sem me perder (mas teve os momentos que eu me permiti entrar em perdição...rs) e ainda fui guia de outros, em ruas onde nunca tinha estado. E que bom é ter pessoas, novas e velhas em minha vida, que coloriram a minha partida, a minha estada, a minha vinda, a minha chegada... Sem as pessoas, as boas pessoas de minha/nossas vidas, seria impossível me sentir em casa em qualquer lugar que fosse!




quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Embrigando-me com beleza

Estar em Veneza foi uma das experiências mais singulares de minha vida. Fechei o mapa e abri meus olhos para o novo, para os caminhos onde nunca passei (nessa minha vida, ao menos) , mas sei que milhões ja passaram por anos e anos. Por instinto, cheguei a todos os pontos turisticos que eu queria visitar lá... e só para voltar precisei recorrer novamente ao mapa.

Entao, chego a Toscana e aqui me sinto aconchegada. Cruzar os Apeninos foi um marco novo em minha vida e parece que sonho, mesmo com os olhos abertos. Sinto-me infinitamente feliz, plena... Mas sem pernas de tanto caminhar...Hoje, escrevo de Florença, e rápido, porque tenho ainda muito que visitar...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ciao Milano

Milano me recebeu cinzenta, úmida, chorosa, com suas arvores em outono. Bastava perceberem meu sotaque brasileiro para os italianos abrirem seus melhores sorrisos e me darem todas as informacões que eu desejava, cercadas por gentileza.Pastas e doces deliciosos, ruas serenas, Duomo espelendora, novos amigos.O tempo corre, eu corro de atração a atração.Felicitá...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Caminhando contra o vento, sem lenço mas com documentos...


Eu vou...Domingo já amanheço um tanto quanto italiana. Volto uma outra, melhor, com mais bagagem do bem (e alguns ítens de consumo sim, porque sou mulher, humana e não sou de ferro...rs). Sei que vou chorar de emoção e contentamento. Sei que vou rir sozinha e que isso atrairá novos amigos. Sei que provarei muitos vinhos e tantos pratos e sorvetes que talvez seja difícil achar o caminho de volta ao hotel. Sei que arrepiarei ao ver ao vivo as obras de artes que admiro e farei pedidos para mim e meus afetos em todas as igrejas que visitarei. Sei que não resistirei aos antiquários, brechós e sebos: melhores lugares para encontrar a história dos outros que tem haver comigo. Sei que estarei reescrevendo a minha história. Sei que me sentirei livre e destemida. Sei que terei saudades de quem ficou. Sei que terei saudades de quem ainda encontrarei. Sei que me tocarei quando alguém disser que está com saudades de mim. Sei que eu vou... Não sei bem como voltarei...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Presto!!!!

Logo, logo estarei onde quero!!! O tempo passa rápido, será que preparei tudo que precisava???

Maravilhoso está sendo o carinho de familiares e amigos. Começo a achar que eu deveria viajar para longe por mais vezes, para ser tão paparicada como estou sendo...rs E o tanto de gente que acha que não voltarei, que encontrarei um marido lá na Itália... Logo eu, que nem procuro marido (eu disse: não procuro marido, mas boas companhias são sempre benvindas!)! É divertido e levarei na bagagem todo esse carinho e afeto, todo o amor e zelo, para me dar ânimo para voltar (porque acho que terei que ser arrancada à força para conseguir deixar Florença!) e daí planejar minhas próximas idas ao Velho Mundo: ainda há muito na Itália para se ver, quero ir a Provence Francesa, Londres, Espanha, Portugal, Escócia, Grécia, e isso só para começar...

Então, já que é para o bem de todos e felicidade geral da minha nação de amigos e familiares, eu voltarei!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Últimas

O DVD de hoje, último do feriadão prolongado, foi Encontros e Desencontros, de Sofia Copola. Gostei muito: um ator (Bill Murray) em decadência e a mulher (Scarlett Johansson; segundo filme que vejo com ela nesse fim de semana, já que ela também está em Match Point) negligenciada de um fotográfo estão entendiados num hotel em Tóquio, até que se encontram e, ao compartilhar pequenas atitudes, algo acontece... O filme, no seu tom melancólico, é perfeito ao retratar a solidão dos personagens.


Mais quatro dias de trabalho e... férias!!! Espero estar, até lá, com tudo que for preciso pronto, dúvidas esclarecidas, perspectivas novas ainda disponíveis... Estou meio indisposta desde ontem: espero que seja apenas por ansiedade, nada mais sério... Acho que estou de TPV (Tensão Pré-Viagem...rs).

Sombras

Nesse domingo vi dois filmes bem "pesados": Match Point e Syvia: Paixão Além das Palavras. O primeiro é de Woody Allen, e trata de desejo, traiçao, crime, ambição... O segundo trata de parte da biografia da poetisa americana Sylvia Plath, que fora casada com o poeta inglês Ted Hughes e suicida-se quando ele a abandona (o filme tem uma fotografia belíssima). Estes filmes combinaram com o tom mais melancólico e sombrio do meu domingo: estou assim porque deixei triste quem não merecia e sinto que "estraguei tudo". Os silêncios podem falar bastante...


No fim do dia teve festa, encontro com gente querida e isso ajuda. Conversar com gente bacana e inteligente também ajuda, e fechei minha noite com isso. Quero dar uma espanada nos meus receios, mas veio gente me dizer coisas para aumentá-los. Não quero ouvir!


Abre, céu, traz a luz! Deixe-a ficar...