domingo, 21 de julho de 2013

A Doce Vida na Úmbria (e em Minas também!)

Estou lendo mais um livro de Marlena de Blasi: "A Doce Vida na Úmbria". Gosto dos livros dela, assim como os de Frances Mayes, pelas descrições deliciosas que fazem sobre a vida no interior da Itália. Estou de férias, e esse tipo de literatura combina perfeitamente com esse momento.
 
Nessa semana, justamente por estar de férias, estive na chácara dos meus pais e foram dias tão bons! Caminhando por uma estrada de terra, encontrei um banco sob uma frondosa árvore, com vista para uma serra, e ali fiquei meditando, grata por aquele momento e por minha vida de um modo geral. E refletindo, reconheci que aqui em Minas temos também tantas coisas simples e ótimas para aproveitarmos! Ao retornar da minha caminhada, naquele dia, fiquei olhando com um carinho ainda maior para meu pai, que adora cuidar pessoalmente de suas plantas, e para minha mãe, que adora usar um fogão à lenha, e fazer pratos típicos e gostosos como pães de queijo, broas, biscoitos assados em folhas de bananeira...
 
Por essas e outras, a vida pode ser realmente tão doce!

sábado, 13 de julho de 2013

O lado imperfeito (e ainda assim, bom!) da vida

Não sou muito ligada à astrologia, mas, com toda certeza, se tem um traço que é relacionado ao meu signo (virgem) e que totalmente se aplica a mim, esse traço é o do "perfeccionismo"! Sim, desde pequena tendo a ser perfeccionista, sobretudo em relação a mim mesma. Se, por um lado, esse traço me fez ser uma pessoa mais esforçada, organizada, batalhadora, por outro também me fez cobrar mais de mim mesma e a ter uma tendência a não me permitir falhar. E, com o tempo, fui percebendo que, para ter uma vida mais leve e alegre, eu precisa, e muito, abrandar esse meu traço! Sei que ainda tenho muito que evoluir nesse quesito, mas já percebo alterações claras na minha personalidade e forma de ver a vida. Tenho sido mais tolerante com minhas deficiências e sombras; estou valorizando mais as potencialidades do que as dificuldades - minhas e dos outros; consigo estar bem mesmo quando as coisas não saem como planejado; tenho me permitido me entregar ao novo  e ao que está inteiramente fora do meu controle (e adorando ser surpreendida positivamente);  estou em paz com meu corpo, com minha mente e com minhas escolhas; adoro meu apartamento do jeitinho que ele é; tenho conseguido lidar sem me angustiar com os entraves políticos e burocráticos que afetam a minha prática profissional... A vida não é perfeita, mas ainda assim tem me sido tão boa e gentil! 

É como a fonte da foto acima, que tirei em Roma: o que a faz linda  é justamente a sua história... e as marcas que o tempo lhe fez, ainda que tudo isso a deixe imperfeita!

sábado, 6 de julho de 2013

Eu não sou normal

Apesar de trabalhar numa área que precisa lidar com diagnósticos e certas padronizações, definitivamente eu não sou o tipo de pessoa que faz as coisas apenas porque todos fazem ou porque é algo da moda. Sou demodê, de um certo modo: gosto com coisas com jeito de antiguinho, lugares repletos de história, com cheiro de "tempo".  Em relação à roupas, sou ligada a itens mais clássicos, com um jeito vintage, e adoraria ter vivido na era vitoriana; e posso ate comprar algo "da moda" ou "de grife", mas somente quando isso vai de encontro ao que valorizo ou já tenho hábito de comprar.

O que é o normal? O normal é o mediano, o regular, o comum, o ordinário... E tudo que foge à "média" tende a incomodar, por não ser o usual. Então já percebi que incomodo algumas pessoas por me furtar a grupinhos de fofoca, por gostar de estudar quando tenho um tempo sem atendimento no trabalho, por não assistir TV frequentemente, por não ter um carro e usar transportes públicos, por não querer fazer dívidas e ser feliz com minha vida simples, por não trabalhar o dia inteiro, por ser capaz de saborear minhas férias, por não reclamar dos dias mais frios, por gostar de cozinhar e levar meu almoço para o trabalho, por não ser apegada ao "poder" só para manter um alto salário, por fazer coisas "sozinha" (como viajar, ir ao cinema, ao teatro! Não que eu não aprecie companhia, mas se não a tenho, por algum motivo, não deixo de fazer o que gosto por falta de alguém para ir comigo!), por gostar dos meus cachos e nunca ter feito uma progressiva...etc e etc Sim, incomodo a algumas pessoas, mas tenho tentado não me incomodar com isso! E respeito o gosto e estilo que cada um escolhe para sua vida, mas só não venham dar palpites no meu estilo, porque daí serei obrigada a ser sincera de dizer que cada um deve fazer o que gosta e valoriza!

Meu filho já absorveu essa minha característica e um dia, quando falava de um episódio ocorrido na escola dele, ele me disse: "mãe, você está sempre me ensinando que ninguém deve ser igual a ninguém, que cada um é cada um"...E com essa fala ele queria demonstrar que não estava se importando com comentários que ele tinha recebido de alguns colegas. E fiquei feliz demais ao ouvir isso, porque um legado assim é o que priorizo deixar para meu filho.

Não, eu não sou normal. Mas estou tão confortável nesse papel! E geralmente minhas maiores provações estão justamente relacionadas à momentos em que eu deveria me forçar a ser mais "normal"...

Deixo aqui uma foto de minha passagem por New York: porque foi um dia cinzento, frio, mas contrariando a maioria, foi um dia que eu achei absurdamente lindo!

Não, não sou normal... Sou singular.  E você também é!