sábado, 30 de abril de 2016

Belém do Pará

 No último feriadão me dispus a conhecer um Brasil mais peculiar, alguns diriam exótico, e rumei a Belém. Fui ao Mangal da Garças (e almocei no Manjar da Garças, que fica dentro desse parque, onde pude provar muitas iguarias paraenses),  Teatro da Paz, Forte do Presépio, Catedral da Sé, Docas,  admirei o por do sol no Rio Guamá e provei sorvetes sublimes na Cairu...Porém, o local onde mais me diverti, fui mais de uma vez  e  que realmente inspirou minha viagem à capital do Pará foi o mercado Ver-o-Peso. Descobri frutas que nunca vi na vida e que nem sei pronunciar os nomes, trouxe alguns cheiros fantásticos nas malas, aprendi sobre sabonetes e pomadas poderosas e ouvi sobre milagres obtidos com o uso de garrafadas. Adorei conversar com locais e apreender detalhes dos cotidianos, como o taxista que toda segunda vai à feira comprar o peixe Filhote para que a esposa o prepare ao forno, pois segunda é a folga do taxista, ou seja, seu domingo, e merece um almoço especial; a senhora que conta com naturalidade sobre o resgate da jiboia do forro do teto de um dos quartos de seu sítio; a moça da barraca do mercado que me explica com detalhes (que não posso repetir aqui sem soar vulgar..rsrs) os efeitos do uso do óleo de bôta... O difícil para mim foi suportar o calor opressivo e úmido, apesar de todos por lá me confirmarem que fui numa época "fresca".





























domingo, 17 de abril de 2016

Amsterdã

 O que me fez desejar muito conhecer Amsterdã foi um livro. Não, não foi o livro "A Culpa é das Estrelas", e sim "O Diário de Anne Frank", que reli há cerca de três anos (o tinha lido na adolescência) e que passei para meu filho ler também. Quando meu filho terminou sua leitura, anunciou-me que queria ir a casa onde Anne se escondeu durante a Segunda Grande Guerra Mundial, e foi aí que me dei conta que esse era um desejo meu também, adormecido desde minha primeira leitura do livro, quando eu tinha uns doze anos de idade.

Amsterdã nos acolheu cinzenta em nossos quatro dias por lá e por várias vezes quase fui atropelada por bicicletas ou motos, como a turista embevecida que transitava por suas ruas. Sim, Amsterdã se mostra em seus canais, museus, casa de Anne Frank  (chorei muito ao visitá-la... Num momento da visita, toquei a torneira da cozinha de lá e imaginei Anne fazendo o mesmo décadas antes, e foi como se conectássemos nesse gesto), Red Light District, Coffeeshops, Mercado de Flores, stroopwafel (trouxe um estoque para casa), gouda e fritas, Vondelpark (a poucos metros do meu hotel, o que nos permitiu visitá-lo várias vezes), Jodaan, praça Dam... e em vários outros atrativos turísticos que pude conhecer por lá. Entretanto,o que mais me marcou foi justamente o que me levou até lá: livro.Na verdade, vários deles, organizados em estantes que eu vislumbrava pelas cortinas entreabertas de várias janelas  voltadas para canais.Uma cidade com tantas bibliotecas domésticas é um lugar que me faz desejar revisitar...



















terça-feira, 12 de abril de 2016

Suiça a la italiana

Hospedar próximo a uma estação de trem na Europa é uma oportunidade e tanto para novas descobertas. Numa manhã de inverno em Milão, após nos certificarmos que não teríamos neve naquele dia, resolvemos atender ao nosso desejo matutino de conhecer a Suíça. Caminhamos até a estação e compramos nas máquinas de auto-atendimento bilhetes de ida e volta para Lugano, cidade Suíça que tem o italiano como idioma.Cerca de uma hora e meia de trem depois, numa ferrovia que passa pelo lago de Como, desembarcamos na estação de trem de Lugano. A estação fica numa parte elevada da cidade e  de lá caminhamos até o centro da cidade, que fica à margem de um lago. A cidade é como um paisagem suíça deve ser:  limpa, organizada, bonita... e cara. Passamos o dia na cidade e no fim de tarde retornamos a Milão (em tempo: há controle de passaportes dentro do trem na fronteira entre Itália e Suíça, controle mais acirrado dos que conheci nos aeroportos europeus).