Pequenas grandes coisas

Hoje é feriado para mim: dia do funcionário público!!! Aproveitei para caminhar, num horário que não é o meu usual, e, assim, sentir um outro ritmo das ruas do meu bairro. Também tive tempo hoje para organizar uns armários, separar doações, tentando dar um toque mais minimalista ao dia-a-dia. Além disso, revi o meu adorado filme "Bonequinha de Luxo" baseado no livro de Trumam Capote, que já li outrora. Nesse instante, acabei de ver o Milagre na Rua 34, na versão mais atual (estou tentando achar a versão antiga para baixar mas ainda não consegui). E estou lendo um outro livro de Frances Mayes, que ainda não tem tradução em português, institulado "Every Day in Tuscany".

Amo muito tudo isso!

La Bohème

Num fim de semana chuvoso e frio, poucas coisas me fazem ter vontade de largar o edredom, o cobertor de orelha, os livros, os filmes... enfim, meu lar... Mas nesse último domingo, à noite, enfrentei o desejo de conservar a inércia doméstica e fui conferir a ópera La Bohème. Quando estive em Lucca, cidade encantadora que conserva todos seus ares medievais e onde Puccini nasceu, eu já tinha comprado um poster (como esse da foto) dessa ópera, que hoje está emoldurado e enfeita a parede de minha sala. Essa ópera tem Paris como cenário e, como personagens, os boêmios: o pintor, o poeta, a florista...

Adoro óperas: pela música - sobretudo quando cantada em italiano - pelo cenário, pelo figurino. Para mim, é como uma viagem no tempo. Para um tempo muito bom!

Agora estou em contagem regresssiva para o show de Andrea Bocelli!

A vida por Rosamunde

      Descobri Rosamunde Pilcher ná cerca de cinco anos e, desde então, já li, acredito, tudo dela que está publicado no Brasil, e já estou começando a reler alguns, de tão especiais que são os livros dela (e aguardo dois livros dela que comprei em espanhol). Seu maior sucesso é o livro "Os Catadores de Conchas", mas o meu livro mais preferido (pois amo todos!) é "O Regresso". Nesse fim de semana, porque eu precisava de conforto e doçura, li "Sob o Signo de Gêmeos" e, mais uma vez, um livro do Rosamunde me levou às praias belas da Cornualha, às urzes e turfas escocesas, a uma casa linda no litoral, a um jardim bem cuidado e florido, a uma senhora sábia e gentil, a uma mocinha doce e sonhadora, a um homem forte e batalhador...Os livros de Rosamude são tão ricos em detalhes, que sentimos os personagens como nossos amigos íntimos, as paisagens como se fizéssemos parte delas e até sentimos o gosto dos bolinhos amanteigados e das xícaras de chá quentinho.

     Agora aguardo o livro que comprei no site da Amazon: "The World of Rosamunde Pilcher", que traz fotos das paisagens e casas da autora...Ai, ai!

      O mundo, sobretudo o meu, fica sempre melhor com um livro de Rosamunde Pilcher!

   

Gentilezas

Primavera, ao meu ver, é a estação mais gentil de todas: delicadamente, o sol se intensifica, a natureza desperta, e, mais enfaticamente, as flores cobrem a paisagem.

Não só pela primavera, mas também por acontecimentos atuais, tenho pensando muito sobre a gentileza. Fiquei pensando no meu encantamento quando sou bem atendida em algum lugar: eu não deveria estar encantada, pois sermos bem atendidos deveria ser a regra; mas, se o encantamento acontece, é porque receber um bom atendimento não ocorre com frequencia!

Tenho pensando, sobretudo, que, no trabalho, gentileza também é fundamental! Como é difícil trabalhar com quem não lhe dá um bom dia e que não é capaz de demorar um pouco mais seu olhar sobre o outro para saber um pouco sobre como ele está naquele dia. Como seria mais acolhedor ser recebida com atenção, que perguntassem mais sobre a gente ao invés de ficarem só falando sobre si mesmos, que profissionalismo não fosse confundido com frieza ou alheamento ao que poderia representar mas doçura no dia a dia...

Minha alma sensível necessita de gentileza, da minha e da dos outros.