

Pequei esse DVD (e, felizmente, a locadora de DVDs raros a qual me filiei nesse ano tem realizado todos os meus desejos cinematógraficos) porque conversava sobre uma colega de trabalho sobre filmes, ela falando do quanto chorou nas cinco vezes que assistiu a "E o Vento Levou", e eu falei dela sobre "Nosso Amor de Ontem", que eu assisti com 13 anos na casa de uma amiga e é o primeiro filme que me lembro de ter chorado ao ver.
E será que um filme que eu vi aos 13 anos seria visto agora por mim com os mesmo olhos, 22 anos depois?
Sim...As mesmas sensações que eu tive com 13 anos (eu era mesmo muito madura na adolescência para ter tido os insigths que eu tive com o filme...rs) eu tive agora, só que agora eu chorei mais (acho que porque já sabia da história toda, com 13 anos eu tinha mais esperança ao ver o filme se desenrolando). Só de ouvir o primeiro acorde da música tema ( http://www.youtube.com/watch?v=GNEcQS4tXgQ&feature=related ) eu já choro, a ponto do meu filho chegar perto de mim e dizer "calma, mãe, é só um filme" (meu filho de 9 anos é um gentleman, irá fazer muita mulher feliz quando for namorá-las; queria um namorado com a sensibilidade do meu filho e isso é uma coisa que, com certeza, ele não puxou do pai).
As cenas que eu me lembrava do filme eram apenas duas: eles se mudando para uma casa no litoral, ela sobre uma escada, arrumando os livros na estante, Redford de jeans e polo preta pegando-a por trás e a beijando (é uma das cenas do período rosa do amor deles);e a cena final, onde ela ajeita o cabelo dele do jeito que sempre fez e... (não posso contar mais aqui). Mas rever o filme me fez ter outras imagens na memória sobre ele: a decoraçao do apartamento dela, a primeira vez que ela faz amor com ele e chora - porque só ela fez amor, na verdade-, as cenas em barcos...
E daí escrevi sobre:
A Forma que eram em Nosso Amor de Ontem
Esse amor que não se cumpre
ela adiantada
ele sempre atrasado.
Ele troca o uniforme militar
pela máquina de escrever
e ela continua em guerra
pela paz
com os outros
consigo mesma.
Ela com a mão estendida
e ele sempre a soltando, soltando
e soltando
e se vai, vai e vai
e ela fica,
com a filha
com seu nunca desistir
com o querer ainda
do que não se é mais.
O amor nosso era só dela.
O amor dela é de ontem
de hoje
e de sempre
e, ainda assim,
um amor que não se cumpre.
Esse amor que não se cumpre
ela adiantada
ele sempre atrasado.
Ele troca o uniforme militar
pela máquina de escrever
e ela continua em guerra
pela paz
com os outros
consigo mesma.
Ela com a mão estendida
e ele sempre a soltando, soltando
e soltando
e se vai, vai e vai
e ela fica,
com a filha
com seu nunca desistir
com o querer ainda
do que não se é mais.
O amor nosso era só dela.
O amor dela é de ontem
de hoje
e de sempre
e, ainda assim,
um amor que não se cumpre.
Um romance clássico que valeu a pena rever, mesmo chorando. Chorar também pode fazer bem.
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